O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, determinou por meio de decreto publicado na última terça-feira (15.04) que o Hospital São Luiz, em Cáceres, a 218 km de Cuiabá, será administrado por uma Organização Social de Saúde (OSS).
Segundo o decreto, um estudo técnico realizado apontou que a adoção do modelo de gestão por OSS visa “aprimorar a prestação dos serviços à população, com foco na eficiência, qualidade e acessibilidade, uma vez que esse modelo se apresenta como alternativa para superar desafios estruturais e operacionais inerentes à administração direta”.
Atualmente o Hospital São Luiz possui capacidade instalada de 170 leitos operacionais de internação, sendo: 16 Leitos Complementares de Unidade de Terapia Intensiva Adulto – UTI-a, tipo II (incluindo serviço de Hemodiálise à beira-leito), 10 leitos complementares de Unidade de Cuidados Intermediários Adulto – UCI-a, 10 Leitos Complementares de Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica – UTI-ped, tipo II, 10 Leitos Complementares de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), 15 Leitos Unid. de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (UCINCo), 5 Unid. de Cuidados Intermediários Canguru (UCINCa), 5 leitos complementares de isolamento e os demais 99 leitos distribuídos na internação clínica, cirúrgica e serviço de urgência e emergência.
O decreto também determina que o Hospital São Luiz seja integrado administrativamente ao Hospital Regional Antônio Fontes.
O Hospital Regional de Cáceres entrou nas páginas policiais depois que a Polícia Federal deflagrou a Operação Panaceia, em 6 de dezembro de 2024, que levou à prisão o diretor da unidade, Onair Nogueira, nomeado pelo secretário Gilberto Figueiredo.
A Justiça também mandou bloquear R$ 5,5 milhões nas contas de 12 investigados.
Operação Panaceia
Conforme as investigações, as fraudes tiveram início durante a pandemia de covid-19, quando servidores e empresas passaram a direcionar recursos do governo federal destinados ao SUS em Mato Grosso a um grupo fechado de empresas, cujos sócios possuem ligação entre si, prejudicando a participação de outros interessados.
As empresas envolvidas no esquema de desvio de dinheiro receberam cerca de R$ 55 milhões até agosto de 2024. A maior parte do dinheiro foi depositada durante a pandemia de covid-19, segundo a PF.